Friday, November 9, 2007
Mistérios...
Águas profundas difíceis de penetrar;
Fantasias roubadas ao doce imaginário;
Fruta fresca à espera da primeira dentada;
Sabor a menos e querer a mais;
Água que seca na boca depois de um beijo;
Os olhos de uma criança antes de abrir um presente;
A ansiedade por alguém que não se vê há anos;
O som de uma mensagem ao longe;
A mãe que espera para conhecer o seu filho;
A magia de uma tela em branco ou de uma partitura vazia;
O que fica quando não resta mais nada;
Quem descobres dentro de ti sem procurares.
Sil
03/05/2006
Saturday, November 3, 2007
O Sonho
Comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
Pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria,
Ao que desconhecemos
E ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
Thursday, November 1, 2007
Sereia
Quimera das águas translúcidas,
Brilho no horizonte.
Encantadora criatura
Feita por deuses, criada por ninfas.
Voz lançada ao vento
Que me acorda por dentro
Da tempestade da solidão.
Quero dormir e não consigo,
Inebriada pela brisa do teu cantar,
Sereia dos meus sonhos,
Dos meus momentos perdidos
Do vazio da minha alma.
Resta-me tentar alcançar
Os teus cabelos crinados
E deixar-me ir na vaga do desejo,
Ser alado das profundezas.
Leva-me…
Sil
03/05/2006
Tuesday, October 30, 2007
Volverás?
El pecho lleno de sentimiento
La piel suda tu huelo
Y la mente no se quieta.
Te procuro en los espacios vacíos de mi casa.
En la cama se quedan los recuerdos,
Perdidos entre sueños.
Extraño tu mirada profunda,
Nuestro silencio cómplice,
Con tanto por decir.
Te toco en mi mente,
Pero no estás. Te suspiro
Una y otra vez.
Volverás?
Sil
11/07/2007
Mirame!
Tuesday, July 17, 2007
Monday, July 16, 2007
Volando Voy
Tuesday, July 10, 2007
Olvidarte
Tengo, apenas, que dejar de ver el mar
y cegarme ante la luz de las estrellas.
No ver llegar la luna detrás del cristal.
Olvidarte será fácil, ya lo sé.
Tengo, apenas, que arrancarte de mi piel
y cerrar, a tiempo, puertas y ventanas.
No ver llegar la noche, ni el amanecer.
Olvidarte será fácil.
Tengo, apenas, que taparme los oídos
a los cantos de las aves
y al murmullo penetrante de los ríos.
Olvidarte será fácil, te lo digo.
Es cuestión de no escuchar a mis latidos.
Olvidarte será fácil, ya lo sé.
Tengo, apenas, que matar un sentimiento
y tapar el sol entero con un dedo.
Cambiar mi corazón por uno de papel.
Olvidarte será fácil.
Tengo, apenas, que taparme los oídos
a los cantos de las aves
y al murmullo penetrante de los ríos.
Olvidarte será fácil, te lo digo.
Es cuestión de olvidar… que he nacido.
Monday, July 9, 2007
Te Quiero!
Poema 12
Se miran, se presienten, se desean,
se acarician, se besan, se desnudan,
se respiran, se acuestan, se olfatean,
se penetran, se chupan, se demudan,
se adormecen, despiertan, se iluminan,
se codician, se palpan, se fascinan,
se mastican, se gustan, se babean,
se confunden, se acoplan, se disgregan,
se aletargan, fallecen, se reintegran,
se distienden, se enarcan, se menean,
se retuercen, se estiran, se caldean,
se estrangunlan, se aprietan, se estremecen,
se tantean, se juntan, desfallecen,
se repelen, se enervan, se apetecen,
se acometen, se enlazan, se entrechocan,
se agazapan, se apresan, se dislocan,
se perforan, se incrustan, se acribillan,
se remachan, se injertan, se atornillan,
se desmayan, reviven, resplandecen,
se contemplan, se inflaman, se enloquecen,
se derriten, se sueldan, se calcinan,
se desgarran, se muerden, se asesinan,
resucitan, se buscan, se refriegan,
se rehúyen, se evaden y se entregan.
Oliverio Girondo
Thursday, July 5, 2007
Wednesday, June 27, 2007
"Haja o Que Houver"
He vuelto luego del silencio de la perdida,
escondida en la penumbra de mi propia soledad,
he vuelto a querer a aquel que el alma solicita,
Por mi amor, es que vivo,
porque en el me regocijo,
te amo te digo,
el viento se lo lleva,
no me interesa,
el viento se lo lleva.
Por mi amor soy mas fuerte,
por mi,
he vuelto a querer,
la puerta esta abierta,
el libro estoy escribiendo,
plasmo mis sentimientos.
Te amo te he dicho,
te amo me haz dicho,
El viento sopla mientras nuestros labios se funden,
y aquel pintor nos pinta de colores,
la luz se vuelve mas fuerte...
Karen Heredia
Espero Por Ti...
Sunday, June 24, 2007
Um á parte...
Desejo...
Arder de desejo, sofrer de desejo, gostar de desejo, brincar ao desejo, desejo? Não desejo? Desejo! Rir de tanto desejo, penetrar de desejo, amar de desejo, gritar de desejo, sentir falta de desejo, desejo de desejo. Sentir o desejo, afastar o desejo, ter medo de desejo, desejar ainda mais… O silêncio do desejo, o abrir do desejo, entregar de desejo, ter saudades do desejo, gritar: Desejo-te! Respira o meu desejo, toca-me com desejo, beija-me de desejo. Ama-me com desejo!
Sil
Monday, June 18, 2007
Sunday, June 10, 2007
Percurso
Ao mesmo tempo sinto que vivo a vida muito mais intensamente.
Tudo o que conquisto tem o sabor da vitória, vencida pelo prazer que dá quando se ama o que se faz.
A noção do tempo esvai-se ao pensar num futuro que espero, que sonho, que invento...
Relembro os lugares a que não pertenço mas que anseio voltar.
Relembro as pessoas que passaram e não olharam para trás e as que, sem querer, ficaram.
Relembro ainda mais as que estão longe mas que um dia me amaram.
A magia da memória torna real tudo o que aprendi até aqui e neste momento tudo faz sentido.
As estrelas são do Céu e eu sou do Mundo.
Beijo o solo da Terra Mãe que me deu á luz e sigo o meu caminho, agradecendo todos os dias e adivinhando o meu destino a cada passo.
23/09/2000
Sil
Thursday, June 7, 2007
A Felicidade Exige Valentia
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa - 70º aniversário da sua morte
Sunday, June 3, 2007
Amantes Sem Tempo
Amantes sem futuro.
Condenados pelo Amor,
Algemados por prazer.
Saudades partilhadas
Entre carros e pedras da calçada.
Beijos com sabor a talvez.
Roupas tiradas à pressa,
Sem medo do depois.
Amanhãs sem certezas,
O dia seguinte…
O dia seguinte…
Este poema foi escrito num dia seguinte…
Tão presente, tão música, tão saudade…
06/05/2005
Sil
Thursday, May 31, 2007
Friday, May 25, 2007
13º Festival Ibérico de Cinema - Cortometrajes - Badajoz
Prémio Melhor Banda Sonora, Melhor CurtaMetragem e Melhor Realizador
A vida vale a pena por momentos destes...
Não passes ao lado...
Thursday, May 24, 2007
En Tus Brazos
Wednesday, May 23, 2007
Vida
"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
Já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei decepcionar-me,
Mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger,
Já dei gargalhadas quando não podia,
Já fiz amigos eternos,
Já amei muito e fui amado,
Mas também ja fui rejeitado,
Já fui amado e não soube amar.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
Já vivi de amor e fiz juras eternas, mas também sofri muitas vezes!
Já chorei a ouvir música e a ver fotografias,
Já liguei só para escutar uma voz,
Já me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade e...
... tive medo de perder alguém especial (e acabei por perder)!
Mas sobrevivi! E ainda vivo!
Não passo pela vida...
O melhor é ir á luta com determinação,
Abraçar a vida e viver com paixão,
Perder com classe e viver com ousadia,
Porque o mundo pertence a quem se atreve e
A vida é muito, para ser insignificante."
Charles Chaplin
Friday, May 18, 2007
Meu Amor
Meu Amor
Tu, que me fazes rir pelo simples facto de existires,
Lá, no teu mundo obscuro onde te refugias,
Sem luz, sem alma, sem lágrimas, sem remorsos.
Tu, que passas por mim, deixas o teu cheiro e vais…
Cristalizas os sentimentos rebuscados ao passado
E preenches com memórias os momentos vazios desta vida, que é a minha
E que nunca mais encontrará a tua no mesmo sentido.
Continuarão paralelas,
Sempre unidas pela linha imaginária do meu pensamento,
Que atravessa o teu com rasgos de serenidade e carinho.
Ai! Esta ânsia de te afagar o peito
Com o receio de encontrar em ti os contornos do meu corpo.
Ao ritmo do Amor, dançamos, embalados a valsa do querer,
E, sem querer, compomos a música da nossa vida.
Ai! Como é bom imaginar-te mesmo sem te ver…
Adivinhar as tuas curvas na sombra
Quando vagueias sozinho, desafiando Deus e o Diabo.
E bebes o cálice da vida eterna, como se te fosse salvar a alma,
Queimada por folhas de estanho.
Em tragos de prazer, entregas-te à heroína de uma história que é só tua.
Nesses momentos sou só a outra.
Aquela que te acaricia a dor da ausência numa generosidade sem porquês.
05/07/1999 - 02:22 am
Quem me dera saber para onde te leva essa dama,
Pura, pó do teu pó.
Por que caminhos andas, quando a sentes percorrer o teu corpo,
Dominado pela sedução (fácil) de um toque agudo, que é o dela?
Que mares atravessas para a encontrar, quando se esconde?
E, tu, com essa dor de a querer tanto,
Montas o cavalo dos teus sonhos e partes,
Enebriado pelo desejo insaciável de a ter.
A ela e não a mim…
A que distante te olha e chora; te ouve e compreende; te cheira e recorda;
Te toca e sente; te beija e deseja…
05/07/1999 - 23:17 am
Sil
Wednesday, May 16, 2007
Saturday, May 12, 2007
Almost...
Último Brindis
Solo tenemos tres alternativas:
El ayer, el presente y el mañana.
Y ni siquiera tres
Porque como dice el filosofo
El ayer es ayer
Nos pertenece solo en el recuerdo:
A la rosa que ya que ya se deshojó
No se puede sacar otro pétalo.
Las cartas por jugar
Son solamente dos:
El presente y el día de mañana.
Y ni siquiera dos
Porque es un hecho bien establecido
Que el presente no existe
Sino en la medida en que se hace pasado
Y ya pasó…
Como la juventud.
En resumidas cuentas
Solo nos va quedando el mañana:
Yo levanto mi copa
Por ese día que no llega nunca
Pero que es el único
De lo que realmente disponemos.
Nicanor Parra (1914)
Friday, May 11, 2007
O (os) Amante (s)
Ele, eles, aqueles que se querem,
Sem medo, sem limites, sem barreiras nem fronteiras.
"A moral ficou à porta", dizem eles,
Quando o desejo já fervilha e a roupa é uma mera fantasia aos seus olhos.
Eles, os amantes,
Aqueles que se deixam enebriar pelo prazer de olhar os contornos
Que não mais fazem parte do universo comum
E são eles próprios a silhueta do mundo tão grande que é o deles.
Sós, incompreendidos, unidos somente pela força que os atrai,
Quando já nada na vida importa no momento em que se encontram.
Aí, as portas abrem-se para o desconhecido, para o inexplorado, sem pensar,
Sentindo apenas a vontade de viajar para longe de tudo, de todos.
Atingir o grau de inocência que lhes permite fazer de conta que o mundo é só deles
E a paisagem da vida lhes revela a imagem de um lugar idílico,
Onde as formas, as cores, os cheiros se misturam sem nexo
E onde descansam os corpos nus, dormentes de prazer,
Sabendo que o rio que os separa é longo e agreste
E que as suas margens nunca se encontrarão,
São como miragens que estarão sempre distantes.
Ter…ou não ter?
Eis a questão…
Sil
19/05/2000
Thursday, May 10, 2007
Dar...
Há nesta vida aqueles que devem e aqueles que dão.
Aqueles que devem, são consumidos pelo tempo, sempre à espera do dia em que têm de pagar aquilo que tiveram e que nunca conseguiram realizar por saberem que realmente nunca lhes pertenceu.
Aqueles que dão, gozam as coisas enquanto as partilham. Confirmam a posse com a dádiva gratuita. São capazes de dar o tesouro que demorou anos a encontrar e assim, as coisas transformam-se em vida, em experiência, em História…
Sil
My Angel
Medos paralelos e distantes,
Partilhados em sentidos diferentes.
Sofremos por ter memória,
Por ter saudades de um olhar que nunca voltará…
Trocando prazeres inocentes entre confidências de proximidade,
A intimidade encontra a sua forma de expressão.
O desejo?
O desejo quer espreitar com a curiosidade de uma criança.
Na solidão, caio no sonho da ilusão de um encontro
Entre coordenadas dispersas num universo que é o nosso;
Puro, virgem,
Despedaçado por fragmentos do passado que se quer recordar…
Chora-se…
Chora-se com a intensidade de um primeiro momento.
As lágrimas, como torrentes de mágoa,
Abandonam-me a alma, salgando-me a face e os lábios,
Fazendo-me lembrar o gosto da tua pele…
Tu, que nasceste para me encontrar,
E eu encontrar-me-ei em ti,
Como o Sol quando se cruza com a Lua
Numa breve troca de carícias inundadas de prazer.
Tu, olhos espelhados de dúvida e de tristeza.
Breves momentos, os nossos,
Em que trocámos pensamentos sem saber.
Sil
24/06/1999